Tradução: Silvana Prado
Estudos demonstram que mulheres com baixo colesterol podem correr um risco maior de ter depressão e ansiedade. Médicos alertam para o risco do alto colesterol, mas cada vez mais, as pesquisas tem demonstrado que colesterol muito baixo pode ser também perigoso.
Estudos realizados em 121 mulheres saudáveis demonstraram que aquelas com colesterol abaixo de 160 mg/dl, são mais prováveis de atingir níveis altos de depresão, do que aquelas com níveis normais ou altos de colesterol.
O colesterol cujos níveis ficam entre 180-200 mg/dl ‘e considerado normal. Ainda que as mulheres, as quais se submeteram os estudos não estivessem sendo tratadas por problemas de depressão, suas respostas em testes de profile de personalidade, claramente as coloca em risco de desenvolverem depressão e ansiedade.
Os resultados do estudo financiado pelo National Heart, Ling and Bovod Institute, foram publicados no jornal Psychosomatic Medicine. Existem cada vez mais estudos comprovando que, mulheres e homens com baixo colesterol é um indicador em potencial para depressão e ansiedade em certos indivíduos. O mesmo efeito para homens. O coordenador do estudo alerta: “certamente não queremos que pessoas abusem de comidas com muita gordura, mas mulheres com baixo colesterol poderiam se beneficiar com o aumento do colesterol através de uma dieta saudável, consumindo mais peixe ou oléo de peixe”.
Definir quem está em risco de vir a ter depressão e o porquê pode conduzir ao aperfeicoamento dos diagnósticos e tratamentos. Nos EUA, a depressão afeta 17 milhões de pessoas a um custo de U$ 30-44 bilhões de doláres/ano.
Eduard Suarez diz: “Algum dia só testes para depressão, talvez incluam um teste de colesterol, especialmente em épocas significativas na vida da mulher, como por exemplo, depois do parto, quando os níveis de colesterol abaixam precipitadamente, dando razões para a teoria de que a depressão pós-parto pode resultar de baixos níveis de colesterol”.
Sendo o baixo colesterol um fator de risco para depressão, o fato reforça as evidências que indicam que depressão e outras doenças mentais, são amplamente determinadas pelo make-up biológico e não as experiências de sua vida.
Fatores de Risco
Estudos já determinaram diversos fatores biológicos de risco para a depressão, incluindo histórico familiar e certas mudanças neurológicas em idosos.
Agora Suarez diz que evidências sugerem que ter baixo colesterol altera a maneira como as células do cérebro funcionam. Acredita-se que as células do cérebro com poucos níveis de colesterol, têm menos receptores de serotonina, impedindo que usem apropriadamente os químicos do cérebro de estabilidade do humor. Outros estudos demonstram a importância do colesterol no desempenho de funções fundamentais no corpo como, por exemplo, o funcionamento das células do sistema imunológico.
O interesse de Suarez no estudo dos efeitos do estresse e depressão em mulheres existe há muito tempo. Seu interesse passou a estar voltado para o estudo do colesterol quando uma série de pesquisas dos últimos anos demonstrou que a tentativa de ruduzir o alto colesterol em homens, atraves de medicamentos, nao reduziu a mortalidade entre eles. Na verdade, houve um aumento das porcentagens de suicídio e morte, devido a causas violentas durante o estudo, levando os pesquisadores a teorizarem que níveis baixos de colesterol estavam causando transtornos de humor.
Suarez fez então pequenos estudos em mulheres, o que o levou a este estudo maior, onde 39% das mulheres nos testes aplicados, cujos de níveis de colesterol eram considerados baixos, atingiram altos níveis nas probabilidades de terem depressão. Todas não fumavam e tinham altura/peso normais. A maioria exercitava regularmente e nenhuma tomava medicamento. |